Festival Lollapalooza 2022, em São Paulo: 300 mil pessoas. Foto / Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Expressão muito usada no meio artístico, a famosa frase “the show must go on” (em português, “o show não pode parar”) teria surgido no século XIX, nos circos. Se um animal se soltasse das amarras ou um artista se ferisse, o apresentador e a banda continuariam a toda, tentando manter o controle da situação, de modo que a multidão não entrasse em pânico.

Mas a pandemia não foi um tigre ou leão soltos no picadeiro, ou um acrobata se desequilibrando na corda bamba. A “paulada” em todos os setores foi forte. No entretenimento então, tragédia total. Só num único setor, os musicais e peças teatrais da Broadway em Nova York, o prejuízo chegou a mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões).

Por isso, estou feliz com a volta dos shows musicais, do teatro, do circo, das feiras. Fiquei espantado com a presença maciça de público numa feira gastronômica realizada no Parque Vicentina Aranha no último fim de semana.

Muita gente ávida por palestras, música, por diferentes opções da culinária da região e por poder sair, encontrar as pessoas. Mesmo ao ar livre, havia os mais precavidos usando máscaras e nem a chuvinha do sábado à tarde espantou quem queria sair de casa.

Em nível nacional, o festival Lollapalooza teve mais de 300 mil espectadores durante os três dias de shows em São Paulo, em março. O Rock in Rio 2022, que acontecerá em setembro, deve reunir mais de 700 mil pessoas. É o pessoal querendo aproveitar, sair de casa, “aglomerar”.

Bom para a economia, para os artistas e para o público. Afinal, ninguém aguenta mais.

 

> Henrique Macedo é jornalista (MTb nº 29.028) e músico. Mora há 40 anos na Vila Ema.

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