Foto / Vana Allas/Reprodução

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

 

Parte da canção que ganhei do Alex!

 

Quando fiz minha pós-graduação, nos idos de 1990, queria no fundo ser crítica musical. Então me dediquei –na verdade, pouco me dediquei– a conhecer tais profissionais brasileiros renomados.

Prefiro alguns. Respeito quase todos!

Na verdade, meu sonho era ser musicista e ter “ouvido absoluto”! Um prazer seria, além de ser intérprete (cantora), trabalhar com mesa de som –profissão não tão comum entre mulheres.

O tempo passou, não me tornei crítica musical, pouco menos cantora. Somente “chatinha” musical. Mas a oportunidade de trabalhar com jornalismo cultural foi um longo e prazeroso caminho percorrido. Uma honra!

Durante meu tempo como repórter na Folha de S. Paulo –caderno regional Vale do Paraíba– escrevia para a página de Cultura, entre 1997 e 99. Na Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em 2000, tive o prazer de ser repórter sob a responsabilidade do então editor-chefe (um de meus melhores amigos até hoje) Fabrício Correia; atualmente ele tem a mesma função na empresa Metrópole (revista Metrópole e Portal Meon).

Minhas colegas de trabalho, neste período: Karen Schmidt e Amália Pereira. O programa se chamava Esfera Cultural e era veiculado diariamente na Band Vale. Aproveitei para conversar com artistas e, logicamente, músicos de reconhecimento regional e até nacional, como Elba Ramalho, Titãs, entre outros.

E, mais importante para mim, sem dúvida, você que me acompanha, bem sabe, leitor(a), foi a produção de meu livro e CD “Vale, Violões e Violas – Uma Fotografia Musical do Vale do Paraíba”.

Só que, com o tempo, fui me afastando do assunto e enveredei para outras editorias, outros lados da notícia. Desta forma, tenho perdido meu conhecimento e sensibilidade sobre as novidades musicais –odeio assumir isto…

Só que, há cerca de um mês, reencontrei um amigo. Putz, grila… Ele, além de ser “gato”, canta superbem e toca tudo que é tudo de instrumento com grande maestria! Daqueles que faz de fado a rap. Que cria percussão com a garganta e batendo as mãos no peito!

Lógico que eu ganhei uma canção –vocês ouviram acima– linda, dele! Caso contrário, não mereceria participação nesta crônica. Ah… como é bom ter amigos instrumentistas e de talento!

Esta nossa aproximação tem sido importante para mim. Tem me “redespertado” para a vida que eu sempre gostei de respirar… ops, ouvir. Para a musicalidade que é grande parte da minha alegria de estar viva!

Para quem se interessar, o nome dele é Alex Araújo Santos e mora entre os bairros Jardim Maringá e Vila Ema. Olhe, meu caro leitor… eu tenho faro para o “negócio”! Se alguém quiser empresariá-lo, eu faço assessoria de imprensa e vamos rachar de ganhar dinheiro com esse moço. E o fundamental: conviver entre músicos e canções e instrumentos musicais. Quer mais?

“Eu canto porque o instante existe

E a minha vida (não) está completa…”

Cecília Meireles

Obs.: o “não” fica como licença poética.

 

> Vana Allas é jornalista (MTb nº 26.615), licenciada em Letras (Língua Portuguesa) e pós-graduada em Filosofia da Comunicação. É autora do livro “Vale, Violões e Violas – Uma fotografia do Vale do Paraíba”. Mora na Vila Icaraí.