Sucesso garantido: George Clooney e Julia Roberts estão nas telonas de toda a cidade. Foto / Divulgação 
Cansada dessa polarização política, de tanta fake news e do discurso do ódio, fui procurar um momento relax a dois… e encontrei! Queríamos um bom programa para aquela tarde quente de sábado, mas com a garantia de bons atores, uma história leve, bela fotografia e, claro, que fosse legendado.
Estirada e muito bem acompanhada nas confortáveis poltronas do Cinépolis, no Shopping Jardim Oriente (mas me recusando a pagar uma fortuna pelo combo de pipoca e refri!), ingressamos, literalmente, no paraíso: “Ticket to Paradise”! Alguns dirão que a história já foi contada mil vezes e o final é óbvio… sim, e daí?!?
Eu louvo os produtores (que aqui também são os atores principais), o esforço da equipe que nos transportou às paradisíacas praias (australianas, nos fazendo crer que eram em Bali) e o trabalho do diretor Ol Parker (Oliver Parker: “Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo”, “O Exótico Hotel Marigold”) que, entre atores sólidos e novatos, conseguiu nos fazer rir sem escracho nem pastelão.
Vinícius de Moraes que me perdoe, mas a beleza não é tão fundamental quanto envelhecer bem: isso se constata no casal protagonista, Julia Roberts e George Clooney, ambos em ótima forma, mantendo o charme e a elegância que os consagrou em Hollywood. Parker (que também é o roteirista do filme), nos traz a jovem Lily (Kaitlyn Dever: “J. Edgar”; série “Inacreditável”) que, contrariada e temerosa, convida os pais para a cerimônia de sua formatura em Direito, já antevendo as infindáveis e habituais brigas desde o divórcio.
No dia seguinte, ela viaja com a melhor amiga para a Indonésia, onde conhece o cultivador de algas Gede (Maxime Bouttier: “Meet me After Sunset”, “Matt & Mou”). Depois de exatos 37 dias, Lily envia mensagem aos pais informando que não seguirá a carreira de advogada porque vai se casar e morar em Bali.
Chocados com a decisão precipitada da filha, os pais Georgia (Julia Roberts: “Uma Linda Mulher”, “Um Lugar Chamado Notting Hill”, “Erin Brokovich – Uma Mulher de Talento”) e David (George Clooney: “Onze Homens e um Segredo”, “Boa Noite e Boa Sorte”, “Tudo pelo Poder”) viajam às turras para a Indonésia com o objetivo de impedir que a jovem repita o mesmo erro deles. E eu paro por aqui, sugerindo que você saia das telinhas (notebook, celular, TV), compre o “Ingresso para o Paraíso” e se deixe deliciar diante da telona! Está em cartaz em todos cinemas da cidade.
E por falar em telona, a Feneec (Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas) está fornecendo ingressos a R$10,00 na maioria dos cinemas. Aproveite, pois vai até dia 21 (próxima 4ª feira)!
Série
Um serviço muito secreto
Anos 60, auge da Guerra Fria. O jovem André Merlaux (Hugo Becker: “Descobrindo o Amor”, “Paixão Inocente”) ingressa no serviço secreto francês com determinação e enfrenta de tudo um pouco: inimigos estrangeiros, “pegadinhas” de colegas de trabalho… e até o primeiro amor.
Merlaux recebe treinamento de três oficiais e tem como objetivo se destacar na agência (extremamente burocrática). Numa alfaiataria ele conhece Sophie (Mathilde Warnier: “Romance à Francesa”, “Curiosa”), os dois se apaixonam e começam a namorar.
Sem saber qual a verdadeira profissão do namorado, ela o apresenta à família e o rapaz se depara com o chefe da agência, Coronel Mercallion (Wilfred Benaiche: “O Homem que Ri”, “As Aventuras de Moliére”), que fará de tudo –às escondidas– para afastá-lo da filha.
“Au Service de La France” (título original) ou “A Very Secret Service” é uma série disponível na Netflix (2015), com duas temporadas de muito bom humor.
> Tila Pinski é jornalista (MTb 13.418/SP), redatora e revisora de textos, coordenadora editorial e roteirista. Cinéfila, reside há dez anos na Vila Ema.
> Texto atualizado às 15h25 do dia 16/9/22 para alteração do título. O título correto é “Um serviço muito secreto”.
> Texto atualizado às 13h25 do dia 19/9/22 para inclusão de informação sobre ingresso promocional em cinemas.
