Gal Costa: morte aos 77 anos de uma das cantoras mais consagradas do Brasil. Foto / Fernando Frazão/Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Assessoria da cantora não divulga causa da morte; governo da Bahia decreta luto oficial de três dias no estado

 

DA AGÊNCIA BRASIL*

Consagrada como uma das maiores vozes do Brasil, a cantora Gal Costa morreu aos 77 anos. A informação foi confirmada na manhã desta quarta-feira (9) pela assessoria de imprensa da cantora, que não divulgou detalhes sobre a causa do falecimento.

Gal Costa nasceu em Salvador em 1945, batizada de Maria das Graças Penna Burgos, segundo o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, que conta de forma detalhada sua trajetória premiada na música nacional.

Fã de bossa nova desde a adolescência, Gal fez seu primeiro show em 1964, na inauguração do Teatro Vila Velha, na capital baiana, já ao lado de nomes que lhe fariam companhia ao longo da carreira, como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Tom Zé.

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Sucessos

Seu primeiro LP, “Domingo”, foi gravado em 1967, ao lado de Caetano Veloso e com produção de Dori Caymmi. Quando seu primeiro álbum individual foi lançado, em 1969, Gal já havia gravado sucessos icônicos de sua carreira, como “Divino Maravilhoso”, apresentado no IV Festival da Música Popular Brasileira, e “Baby”, que fez parte do LP “Tropicália”.

Com uma carreira de interpretações inesquecíveis, a cantora também marcou época quando, em 1975, gravou “Modinha para Gabriela”, para ser o tema da novela “Gabriela”, da TV Globo. No ano seguinte, Gal se uniu a Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso para formar “Os Doces Bárbaros”, grupo que reuniu multidões em seus shows.

Ao longo dos mais de 50 anos de carreira, Gal Costa marcou com sua voz composições de grandes nomes da música brasileira, como “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, “Festa do Interior”, de Abel Silva e Moraes Moreira, “Sonho Meu”, de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, “Pérola Negra”, de Luís Melodia, e “Chuva de Prata”, de Ed Wilson e Ronaldo Basto.

Clique [aqui] e veja a biografia e a discografia da cantora no Wikipédia.

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Luto

O governador da Bahia, Rui Costa, se manifestou lamentando profundamente a morte da cantora e decretou luto oficial de três dias no estado. “Com sua partida, perdemos uma das mais potentes vozes da nossa música, eternizada em interpretações que cantam a Bahia e o Brasil para todo o mundo”, disse.

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, também postou nas redes sociais pedindo que “Deus conforte seus familiares e fãs nesse momento de profunda dor. Gal Costa é trilha sonora de vários momentos da vida de milhares de brasileiros. Seu jeito único de interpretar as canções está para sempre eternizado em nossos corações”.

Nas redes sociais, o cantor Gilberto Gil disse estar “muito triste e impactado” com a morte. Zélia Duncan também lamentou: “Que vazio. Sem Gal Costa, que tristeza sem fim”.

 

*Com edição do SuperBairro.

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