Matt Damon encabeça o elenco como um pai ausente que aos poucos se reaproxima da filha que enfrenta problemas com a Justiça. Foto / Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Um pai rude, ausente, reabilitado de alcoolismo e uso de drogas, desempregado, retoma aos poucos a aproximação com a filha jovem, presa por homicídio quando estudava numa universidade francesa. Com essa trama, o diretor e corroteirista Tom McCarthy (“Spotlight – Segredos Revelados”, “Trocando os Pés”) nos traz o drama “Stillwater” (título original).

O protagonista é Bill (Matt Damon: “AIR: A História Por Trás do Logo”, “Oppenheimer”, “Perdido em Marte”, “Gênio Indomável”), demitido de uma petrolífera e em busca de trabalho na construção civil da longínqua e pacata Stillwater, cidadezinha no estado norte-americano de Oklahoma. Matt Damon brilha, desta vez sob a máscara de um homem que abafa seus sentimentos, luta para se manter sóbrio e tenta controlar seu instinto de fúria.

Ao visitar a filha Allison (Abigail Breslin: “Pequena Miss Sunshine”, “Contágio – Epidemia Mortal”, “Álbum de Família”) numa penitenciária em Marselha, onde cumpre pena por assassinato, recebe dela uma carta para ser entregue à advogada, com uma nova e surpreendente informação sobre o caso. Diante da negativa da defesa em reabrir o caso, já encerrado pela justiça local, tem início a jornada de Bill em busca do possível autor do crime.

A dificuldade dele com o idioma gera momentos engraçados –e até nesses pequenos constrangimentos o ator se sobressai, especialmente quando conhece a pequena vizinha Maya (Lilou Siauvaud) que, de modo espontâneo, prático e inocente, lhe ensina o Francês básico do dia a dia.

A mãe da menina, Virginie (Camille Cottin: “Golda – A Mulher de uma Nação”, “Tal Mãe, Tal Filha”. Série “Dix Pour Cent”), torna-se uma amiga e aliada, com importante participação no desenrolar da história, especialmente ao reabrir uma possibilidade de afeto familiar.

Um excelente filme, com ricos ingredientes. Oculto nas prateleiras desde 2021, está disponível na Netflix e merece “aquela” bacia de pipoca!

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Série

‘Berlim – La Casa de Papel’

Desta vez, o objetivo é levar 44 milhões de euros em joias da mais famosa casa de leilão de Paris. Foto / Divulgação

Confesso: o estrondoso sucesso da série “La Casa de Papel”, em 2017, não foi suficiente para me fazer completar sequer a primeira das cinco temporadas. Entretanto, no final de dezembro me chamou a atenção a sinopse da Netflix para a estreia de “Berlim – La Casa de Papel”.

Experimentei, gostei e aguardo a próxima temporada! O protagonista é Berlim (Pedro Alonso: “La Embajada”, “Awareness – A Realidade é uma Ilusão”), um famoso ladrão de joias –antes da Casa da Moeda (La Casa de Papel)–, que preparou um plano magistral com Damián (Tristan Ulloa: “After”; série “O Tempo Entre Costuras”) para um audacioso roubo, completando a gangue com outros quatro jovens.

O objetivo é levar 44 milhões de euros em joias da mais famosa casa de leilão de Paris. Para desfrutar de cada um dos oito episódios, sugiro fortemente que você se deixe levar pela fantasia da perfeição do plano desses meticulosos bandidos que não deixam rastros.

Decepcionado com o amor, Berlim se apaixona perdidamente por Camille (Samantha Siqueiros: “Sem o Teu Olhar”, “O Segredo da Família Greco”), esposa do diretor da casa de leilão, que nem desconfia que está sendo vigiada em tempo integral por câmeras instaladas por toda a residência. Paro por aqui… e desafio você a assistir ao primeiro episódio!

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> Tila Pinski é jornalista (MTb 13.418/SP), redatora e revisora de textos, coordenadora editorial e roteirista. Cinéfila, reside há 11 anos na Vila Ema.

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