Foto / Pixabay

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Carnaval fora de época chegando e me lembro dos bailes da minha juventude. Alguns mascarados (as), outros com fantasias, um lança-perfume aqui, uma serpentina ali, confete pra todo lado. Ah, muita paquera (ainda se usa esse termo?), ou seria melhor “azaração”? Mas não quero falar de Carnaval, e sim do possível fim da pandemia que nos atormenta há dois anos.

Os números de casos e de mortes por covid-19 estão diminuindo em muitos países. No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou nesta semana o fim da emergência de saúde pública da covid, mas ainda não publicou documento que determina o prazo para o fim de medidas adotadas no país.

Tudo sob controle? Não é bem assim. Na China, epicentro da pandemia que assolou o mundo, cerca de 25 milhões de pessoas estão em lockdown forçado neste exato momento, depois de um novo surto da “marvada” em Xangai.

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Aqui, já percebemos uma mudança de hábitos em diversas situações. Hoje mesmo, ao ir ao centro médico do meu convênio, vi uma cena constrangedora. O rapaz que estava na minha frente na fila de atendimento estava sem máscara. O segurança não o alertou sobre a obrigatoriedade em unidades de saúde e afins.

Ao chegar no atendimento, a funcionária disse que ele não poderia entrar em consulta. Bravo, perguntou se ela não teria alguma máscara. A atendente disse que não e que ele poderia comprar na farmácia da esquina. O rapaz saiu esperneando.

Em bares, restaurantes e padarias tenho visto pouca gente usando. Mas ainda vejo muitas pessoas com máscara nas ruas, praças, lugares abertos. Qual a lógica? A possibilidade de contágio é ridiculamente baixa, praticamente impossível. Por que usar máscara quando se está caminhando, pedalando, correndo? Não consigo entender.

Que isso vai acabar se incorporando ao nosso dia a dia, é fato. Mas, como ocorre principalmente no Japão, creio ser louvável as pessoas se protegerem (e em respeito às outras) quando estão com algum sintoma gripal ou algo semelhante. No mais, chega de ser protagonista do Baile dos Mascarados. Aposentei as minhas.

 

> Henrique Macedo é jornalista (MTb nº 29.028) e músico. Mora há 40 anos na Vila Ema.

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