Brasil exporta mais em agosto para Reino Unido, México, Argentina, China e Índia, entre outros. Foto / Yosmar Rosa/MPOR

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Exportações para vários países tiveram crescimento, enquanto para os Estados Unidos, devido ao tarifaço, caíram 18,5%, com fortes quedas em itens como minério de ferro e aeronaves

 

DA REDAÇÃO*

A balança comercial brasileira fechou o mês de agosto com superávit de US$ 6,133 bilhões, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No mês passado, as exportações somaram US$ 29,861 bilhões, enquanto as importações ficaram US$ 23,728 bilhões. Com isso, em agosto, a corrente de comércio ficou em US$ 53,589 bilhões.

No ano, as exportações totalizam US$ 227,583 bilhões e as importações, US$ 184,771 bilhões, com saldo positivo de US$ 42,812 bilhões e corrente de comércio de US$ 412,354 bilhões. Segundo o ministério, na comparação com o mês de agosto de 2024 as exportações apresentaram crescimento de 3,9%. No mesmo mês do ano passado, o país exportou o total de US$ 28,74 bilhões.

Já em relação às importações, houve queda de 2% na comparação com o mês de agosto do ano passado, quando o volume ficou em US$ 24,22 bilhões.

Altas e quedas

Segundo o MDIC, as exportações no mês de agosto apresentaram crescimento expressivo de 11% para o Reino Unido, 43,82% para o México; 40,37% para a Argentina; 31% para a China e 58% para a Índia.

As maiores quedas registradas foram de 43,8% para a Bélgica; 31,3% para a Espanha; 30,44% para a Coreia do Sul e 17,1% para Singapura.

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EUA x Brasil

Em relação aos Estados Unidos, o mês registrou uma queda de 18,5% no volume de exportações. Os dados chamam atenção para o minério de ferro, que apresentou queda de 100%, com nenhuma exportação para aquele país.

A maior queda ocorreu nas vendas de aeronaves e partes de aeronaves, que tiveram redução de 84,9%. Em seguida, o açúcar teve queda de 88,4% e motores e máquinas não elétricos tiveram redução de 60,9%. Já a carne bovina fresca teve queda de 46,2%; máquinas de energia elétrica de 45,6%; celulose de 22,7%, produtos semiacabados de ferro e aço de 23,4%; óleos combustíveis de 37%; e madeira de 39,9%.

De acordo com o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do ministério, Herlon Brandão, a queda ocorreu em razão da antecipação nas vendas em julho, antes do início do tarifaço aplicado pelo governo de Donald Trump.

“Atribuo isso muito à antecipação que ocorreu em julho, quando houve uma carta no dia 9 de julho afirmando que as tarifas iam aumentar em 50% para o Brasil, isso gerou incerteza entre os exportadores e tivemos crescimento das exportações para os Estados Unidos de 7%”, explicou.

 

*Com informações da Agência Brasil.

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