Grupo protesta em frente ao Palácio do Planalto. Foto / Roosevelt Cassio/Sindmetal

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Caravana com dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos e empregados da empresa protestou em frente ao Palácio do Planalto, antes de audiência pública que ocorrerá na Câmara dos Deputados

 

DA REDAÇÃO

Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (Sindmetal) e funcionários da Avibras protestaram na manhã desta quarta-feira (15) na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Eles exigem que o governo federal faça investimentos para retomar as atividades da empresa, que dizem ser a principal indústria bélica do país.

Com uma grande faixa e bandeiras, o grupo caminhou até a entrada do Palácio do Planalto gritando mensagens ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles querem que Lula libere aportes financeiros para a empresa. Outra reivindicação é a estatização da Avibras, que tem capital 100% privado.

O protesto foi realizado antes da audiência pública que será realizada nesta quarta-feira, às 11 h, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Estarão em pauta a situação da Avibras e a soberania nacional.

A audiência foi convocada para debater o Projeto de Lei nº 2957/2024, que prevê a desapropriação da fábrica, que corre o risco de encerrar suas atividades. O presidente do sindicato, Weller Gonçalves, participará da mesa de discussão.

O projeto que propõe a estatização da empresa é de autoria do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que também apresentou o requerimento para a realização da audiência.

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No Planalto

Segundo o Sindmetal, assim que os manifestantes chegaram ao Planalto, a polícia e a guarda do palácio foram acionadas para dispersar o ato. Em seguida, uma comissão de trabalhadores e representantes do sindicato foi recebida pelo coordenador-geral de informações da Secretaria-geral da Presidência da República, Cândido Hilário Garcia de Araújo.

“Indústria de defesa tem que pertencer ao Estado para garantir empregos, salários e direitos. Hoje é mais um dia de luta em defesa dos trabalhadores e da manutenção dessa importante indústria brasileira”, disse Weller Gonçalves.

A crise na Avibras começou em março de 2022 com demissões, atrasos em benefícios e salários e sucessivas suspensões temporárias de contratos de trabalho (layoffs). Atualmente, são 31 vencimentos atrasados. Os cerca de 900 metalúrgicos da fábrica, localizada em Jacareí (SP), estão em greve desde setembro de 2022.

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