Após saída da diretoria, sede da Savema recebe supressão e podas de árvores, além de uma nova pintura. Foto / SuperBairro 
Juiz da 4ª Vara identifica citação irregular e dá prazo de 15 dias para que um membro da antiga diretoria seja citado; advogado busca nomeação como administrador temporário da entidade para realizar nova eleição
DA REDAÇÃO
Desde o dia 14 de fevereiro uma ação está na 4ª Vara Cível de São José dos Campos aguardando a nomeação de um administrador provisório para a Sociedade Amigos da Vila Ema, Jardim Maringá e Adjacências (Savema), depois que a diretoria que terminou o mandato em dezembro de 2024 deixou a entidade sem realizar nova eleição.
A ação é de autoria do advogado Carlos Amaral, que está à frente de um grupo formado por integrantes do Conselho Fiscal da antiga diretoria. Amaral tentou obter da Justiça uma liminar para agilizar a convocação de uma nova eleição, além de poder administrar a Savema enquanto isto não acontece.
Porém, o então juiz titular da 4ª Vara, Heitor Febeliano dos Santos Costa, negou a medida liminar por entender que a outra parte –os antigos administradores da entidade– não foi ouvida no processo. Por isso, mandou que fosse feita a citação de um deles.
No decorrer desse tempo Febeliano deixou a 4ª Vara e um novo juiz titular, Pedro Henrique do Nascimento Oliveira, assumiu em seu lugar. No último dia 23 de setembro, Oliveira despachou no processo afirmando que “a pessoa citada não faz parte da diretoria da entidade”. Diante disso, deu prazo de 15 dias para que o advogado Luciano Averaldo da Silva providencie a citação de um dos dirigentes da Savema na antiga gestão.
Na verdade, no dia 10 de abril um oficial de Justiça citou Edvaldo Aparecido Sobral Pacífico, que na época era locatário e responsável pelo bar que funciona na sede da entidade, na avenida Heitor Villa-Lobos, na Vila Ema. Além de ter ficado somente por cerca de 30 dias à frente do bar, Pacífico não era membro da diretoria e, portanto, a citação não teve efeito.
Enquanto isso, com exceção do vice-presidente, Clélio Cursino, que morreu neste ano, todos os membros da diretoria da gestão de 2021 a 2024 se encontram na cidade e poderão ser citados desde que, conforme determinou o novo juiz titular da 4ª Vara, sejam devidamente identificados e procurados. O presidente da última diretoria, Marco Pires, afastou-se da entidade antes do término do mandato.
Savema ‘acéfala’
O advogado Carlos Amaral, que é filho de José Monteiro do Amaral, comerciante tradicional da Vila Ema e presidente do último Conselho Fiscal da Savema, afirma que entrou com a ação porque “a Savema estava acéfala”, pois não cumpriu os requisitos para fazer uma nova eleição.
“Entrei com a ação para que haja um limitador temporal para as ações que foram tomadas de fevereiro até aqui, com a garantia da Justiça”, explicou, em conversa com o editor do SuperBairro, jornalista Wagner Matheus, que será publicada como entrevista na próxima segunda-feira (20).
Enquanto isso, com Carlos Amaral à frente, embora ainda não nomeado pela Justiça, têm sido executados alguns serviços na Savema. Foram feitas podas de árvores, além de uma supressão, autorizadas pela Prefeitura, segundo Amaral. No momento, está sendo executada a pintura das paredes da sede.
Na conversa com o SuperBairro, antes de conhecer o novo despacho do juiz, o advogado comentou a demora para uma decisão na 4ª Vara. “A demanda no Judiciário é muito grande. Eu estou acostumado com isso, então, para mim, atrasou um ou dois meses, está tudo certo. Mas vou esperar e, se não sair uma decisão, vou entrar em contato para ver se está faltando alguma coisa”, explicou.
AGUARDE!
Na próxima segunda-feira (20), o advogado Carlos Amaral fala ao SuperBairro sobre a atual situação da Savema, os serviços que estão sendo executados e os planos para o futuro da entidade.
