CNI prevê que agronegócio, emprego e renda em alta irão garantir o crescimento do PIB em 2025. Foto / Tânia Rêgo/Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Apesar de impactos negativos na indústria, entidade prevê que agropecuária aquecida deve sustentar crescimento da economia; emprego e renda também sobem

 

DA REDAÇÃO*

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manteve a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2025, mesmo com o tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. Os dados, divulgados na terça-feira (19), estão no Informe Conjuntural do 2º trimestre, publicado pela entidade.

A CNI reduziu de 2% para 1,7% a previsão de crescimento da indústria em 2025, mas alterou a projeção da agropecuária para cima, passando de 5,5% para 7,9%.

“O setor [da agropecuária], somado a um mercado de trabalho aquecido, deve sustentar o crescimento de 2,3% do PIB mesmo em meio ao aumento das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras”, disse a entidade em nota.

Indústria

De acordo com o informe, os juros altos, o ritmo aquecido das importações e a provável queda das exportações –por causa da nova política comercial dos EUA– vão restringir a atividade industrial. A projeção da entidade para o crescimento da indústria de transformação em 2025 foi alterada de 1,9% para 1,5%.

Já a indústria da construção, de acordo com a confederação, seguirá aquecida graças à continuidade dos projetos iniciados em 2024 e ao bom desempenho do programa Minha Casa, Minha Vida, cujos lançamentos cresceram 31,7% no 1º trimestre. A CNI manteve em 2,2% a estimativa de crescimento do PIB do setor.

A indústria extrativa também deverá ser um dos destaques positivos neste ano. “A CNI dobrou de 1% para 2% a expectativa de alta do setor, principalmente pelo aumento da produção de petróleo”, informou.

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Emprego e renda

Ainda conforme as previsões da CNI, o número de pessoas ocupadas deve aumentar 1,5% em 2025, 0,6 ponto percentual acima da projeção anterior da entidade no primeiro trimestre.

A massa de rendimento real deve crescer 5,5%, 0,7 ponto percentual a mais em comparação com a previsão passada. “Com isso, a taxa de desocupação média deverá registrar o menor patamar da história pelo segundo ano consecutivo, ficando em 6%”, previu a entidade.

 

*Com informações da Agência Brasil.

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