Após vencer o Santo André no campo, incidente fora do estádio faz o São José ter de jogar com portões fechados. Foto/ Rodrigo Lopes/Divulgação

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Acusação de ataque contra o ônibus da delegação do EC Santo André, no último dia 3, leva TJD da Federação Paulista a determinar jogos com portões fechados no estádio

 

DA REDAÇÃO

O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Paulista de Futebol comunicou na quinta-feira (8), que concedeu medida liminar para que, preventiva e temporariamente, os próximos jogos do São José Esporte Clube sejam realizados com portões fechados. O motivo da decisão foram os supostos atos de violência cometidos contra o ônibus da delegação do Esporte Clube Santo André após a partida do último domingo, dia 3 de agosto.

Na tarde desta sexta-feira, a SAF do São José comunicou que a venda de ingressos para o jogo contra a Portuguesa Santista, previsto para o dia 16, está temporariamente suspensa. Na nota, o clube explicou que a proibição de público vale para todos os jogos em que for mandante, seja do time profissional, das categorias de base e da equipe feminina.

A SAF informou ainda que “o clube apresentou defesa na tarde desta sexta-feira e está adotando as medidas cabíveis para que a situação seja resolvida o mais breve possível”. E acrescentou que “não compactua com qualquer forma de violência, seja dentro ou fora do estádio”.

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Entenda o caso

O incidente que provocou a decisão da FPF de interditar o estádio do São José para jogos com presença de público foi a suposta agressão sofrida por jogadores do Santo André quando deixavam o estádio Martins Pereira após o jogo pela Copa Paulista. Segundo membros da delegação, as agressões foram cometidas por membros da torcida organizada Mancha Azul. O ataque ao ônibus com pedras teria levado os jogadores a se esconderem no piso do veículo para não serem atingidos. O incidente foi documentado por meio de vídeos da delegação visitante.

Mancha nega agressões

Em nota publicada em suas redes sociais na quarta-feira (6), a diretoria da torcida Mancha Azul classificou de “mentirosa” a versão do Santo André. “Em nenhum momento houve agressão, tentativa de invasão de ônibus, arremesso de objetos ou rojões. Não houve qualquer tipo de emboscada, confronto físico ou ameaça”, alega a Mancha.

“O que de fato ocorreu –prossegue a nota– foi a passagem do ônibus da equipe visitante em frente à tradicional sede da nossa torcida, local histórico, onde naturalmente nos reunimos em dias de jogo. Como de praxe, o motorista abriu a porta do ônibus, e foi perguntado se havia algum integrante de torcida organizada adversária dentro do ônibus. Diante da resposta negativa, o veículo seguiu seu caminho normalmente, sem qualquer tipo de intercorrência.”

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