Cúpula do Clima, que antecede a COP30, termina nesta sexta-feira em Belém. Foto / Bruno Peres/Agência Brasil

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Evento antecede a COP30, que será aberta na próxima segunda-feira (10) e segue até o dia 21; Lula anuncia que Fundo Florestas Tropicais para Sempre já garantiu US$ 5,5 bilhões

 

DA REDAÇÃO*

Chefes de Estado, líderes de governos e representantes de alto nível de mais de 70 países estão participando desde quinta-feira (6) e nesta sexta (7), em Belém (PA), da Cúpula do Clima, evento que antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Considerando embaixadores e pessoal diplomático, a lista ultrapassa uma centena de governos estrangeiros representados na capital paraense.

Na abertura realizada na quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um chamado para que os países tomem ações concretas para conter a elevação da temperatura global. O Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2025, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) mostra que está cada vez mais difícil alcançar a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C, exigindo medidas mais contundentes para reverter um cenário catastrófico.

“A COP30 será a COP da verdade. É o momento de levar a sério os alertas da ciência. É hora de encarar a realidade e decidir se teremos ou não a coragem e a determinação necessárias para transformá-la”, disse Lula durante a abertura da Cúpula.

Depois de abrir a plenária, o presidente recebeu as lideranças mundiais em um almoço oficial para o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). Em entrevista coletiva com a participação dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, foi anunciado que o fundo já conta com US$ 5,5 bilhões.

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Nesta sexta

A programação do último dia da Cúpula prevê uma sessão temática sobre a transição energética e, como encerramento, uma sessão sobre os 10 anos do Acordo de Paris, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e o financiamento de ações para combater a crise climática.

O presidente Lula retoma nesta sexta-feira a agenda de reuniões bilaterais com chefes de Estado e de governo. Entre eles, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.

O que é a Cúpula

Na prática, a Cúpula do Clima busca dar peso político às negociações que se seguirão pelas próximas duas semanas de COP. A cada ano, um país recebe o encontro, que tem como principal missão buscar formas de implementar a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês).

Esse documento foi adotado por diversos países em 1992 em uma conferência no Brasil, a Rio-92. Desde então, a meta geral passou a ser a de estabilizar a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.

As COPs começaram em 1995, na Alemanha. Agora, 30 anos depois, será a vez de o Brasil reunir líderes de todo o mundo, entre os dias 10 e 21, pela primeira vez na Floresta Amazônica, bioma considerado essencial no equilíbrio climático global.

O principal objetivo da COP é definir medidas necessárias para limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5°C até o final deste século, acelerando a implementação do que foi negociado nas COPs anteriores, principalmente a de 2015, em Paris.

 

*Com informações da Agência Brasil.

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