Cerca de 40 integrantes da turma, hoje entre 78 e 83 anos de idade, estiveram em São José de quinta-feira a domingo; além do ITA, visitaram a Embraer e fizeram um city tour pela cidade
DA REDAÇÃO*
De quinta-feira (16) a domingo (19), cerca de 40 iteanos da Turma de 1970 estiveram em São José dos Campos para o reencontro e comemoração pelos 55 anos de formatura, organizado desde o início do ano no grupo de WhatsApp dos veteranos.
Ex-alunos entre 78 e 83 anos de idade se reencontraram para a programação escolhida pelo grupo: visita ao ITA na quinta e à Embraer no sábado, além de um city tour pela cidade, terminando com churrasco e música no hotel.
Alguns vieram sozinhos, outros com a esposa, muitos com filhos e netos. Há quem veio da Alemanha exclusivamente para o encontro e também de outros estados e cidades brasileiros.

No ITA
Os iteanos da Turma 70 foram recebidos com seus familiares no auditório do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) pelo reitor Guilherme Lorenzi. “Eu sou bicho de vocês!”, brincou ele, que é engenheiro aeronáutico da Turma de 1982 e ocupa o cargo de reitor desde 2024.
“O ITA cresceu muito em espaço e atividades de pesquisa, mantendo o mote de sua fundação: ‘Para produzir aviões precisamos produzir engenheiros”, disse Lorenzi. “E assim os cursos foram sendo criados, conforme as demandas da sociedade e do mundo. O ciclo da história mostra que a Embraer é, de certa forma, consequência do ITA, e não o contrário, como muitos pensam.”
Em 75 anos, foram criados seis cursos de engenharia no instituto. Dos aproximadamente 15 mil egressos do ITA, 80% são civis e pouco mais da metade é de alunos da pesquisa.
Dentre as escolas que fazem cooperação internacional com o ITA, um dos iteanos da Turma 70 observou que não estava o MIT (Massachussets Institute of Technology), ao que o reitor Lorenzi explicou: “O MIT continua sendo uma referência, mas o seu crescimento descolou muito do porte do ITA. Outras instituições menores demonstraram interesse pelo ITA e estão mais próximas da nossa realidade”.
Lorenzi lembrou aos visitantes que a vida do aluno iteano, hoje, tem mais socialização e interação com a sociedade, desenvolvendo iniciativas junto com o professor em atividades práticas. Segundo ele, o ITA precisa interagir com o setor privado e a pesquisa tem esse papel. “Possibilita o crescimento do professor ao mesmo tempo em que ele traz isso para a sala de aula, envolvendo o governo, a Embraer e a academia: um modelo que sempre esteve na história do ITA”, concluiu o reitor.
A visita do grupo ao instituto foi completada no Centro Espacial ITA (CEI) e no Centro de Competência em Manufatura (CCM).
* Com informações da jornalista Tila Pinski.

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No Ita e na Embraer



