Líder do prefeito na Câmara, vereador Zé Luiz (PSD) apoia a decisão nas redes sociais. Imagem / Instagram/Reprodução

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Porém, mesmo apoiando a decisão do prefeito, vereadores do PL fazem críticas a Anderson Farias (Thomaz Henrique) e à administração em relação à Afac (Anderson Senna)

 

WAGNER MATHEUS | Editor do SuperBairro

Vereadores de ideologia conservadora que pediram a exclusão da Flim (Festa Literomusical de São José dos Campos) da escritora convidada Milly Lacombe ao prefeito Anderson Farias (PSD) continuaram, nesta quarta-feira (17), dando respaldo político à decisão.

Porém, o entendimento político termina por aí, mostrando que apesar de todos serem de direita, existem pelo menos dois grupos que buscam caminhos diferentes para atuar na política local. As posições de vereadores do PL nesta quarta-feira deixaram isso bem claro.

O líder da bancada de apoio ao governo no Legislativo, Zé Luís (PSD), postou nas redes sociais banner em que reproduz títulos de notícias na imprensa negativas à jornalista, além de uma foto do prefeito e uma chamada em destaque: “Vetada!”

‘Pequena mentira’

Thomaz parabeniza Anderson, mas aponta “pequena mentira” na história do cancelamento. Imagem / Instagram/Reprodução

Também no Instagram, o vereador Thomas Henrique (PL), que deu início à crise com a exigência de exclusão de Milly, chegando a expor os nomes dos patrocinadores do evento para que eles pressionassem a organização da Flim, disparou um novo vídeo com o título bombástico de “Parabéns, prefeito!”.

Porém, mesmo cumprimentando Anderson, o vereador disse que no vídeo do vereador Zé Luís com o prefeito havia uma “pequena mentira que eu não posso deixar de falar”. Thomaz se referiu à informação no vídeo de que, desde sábado, a participação da escritora já havia sido cancelada. “Se ele [o prefeito] decidiu no sábado, esqueceu de avisar aos organizadores do evento”, disse o vereador, observando que “o prefeito não quis admitir a culpa dele”.

Veja [aqui] o vídeo do vereador Thomaz Henrique

‘Puxadinho’ da FCCR

Senna: “Afac se transformou em um ‘puxadinho’ da Fundação Cultural Cassiano Ricardo”. Foto / Emerson Galatti/CMSJC

Outro vereador do PL, Anderson Senna, que juntamente com a deputada estadual Letícia Aguiar (PL) também pediu a exclusão da convidada na Flim, denunciou em nota enviada ao SuperBairro na manhã desta quarta-feira que a OS que gere a Afac, gestora do Vicentina Aranha, “se transformou em um ‘puxadinho’ da Fundação Cultural Cassiano Ricardo”, mantendo “Aldo Zonzini como diretor executivo de forma irregular, já que não houve assembleia para reconduzi-lo ao cargo, conforme prevê o estatuto da entidade”.

“Pelo jeito quem manda na Afac é mesmo o prefeito Anderson Farias, que ignorou o trabalho das curadoras e desautorizou Aldo Zonzini publicamente, cancelando uma participação de Milly Lacombe”, prosseguiu Senna. Ele foi além: “Em meio a outras denúncias de favorecimentos de um verdadeiro ‘clube de amigos’ que privilegia desde ambulantes a artesãos, até quem explora os serviços de festas e eventos de objetivo ‘cultural’ duvidoso.

O vereador finaliza perguntando: “Afinal, a Afac tem liberdade para definir o que faz no Parque Vicentina Aranha? Quem fiscaliza? Onde estão os conselheiros? Estão fazendo seu papel?”

Outro lado

O SuperBairro fez contato nesta manhã com a assessoria de imprensa da Afac sobre os questionamentos de Anderson Senna e fez o mesmo com a assessoria da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), citada pelo vereador. Havendo manifestações de retorno, elas serão incluídas e o texto será atualizado.

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