Kadu na rua Justino Cobra: "nunca tem vaga". Foto / SuperBairro

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Empresário lança petição para pedir estacionamento pago e rotativo ao longo da rua Justino Cobra; assunto rende trocas de opiniões em uma rede social com pessoas contrárias e favoráveis à Zona Azul no bairro

 

DA REDAÇÃO

O empresário Kadu Andrade, sócio do restaurante indiano Krsna Soul Food, está colhendo assinaturas por meio de uma petição on-line que pede a implantação do sistema Zona Azul na rua Justino Cobra, na Vila Ema.

Segundo Kadu, o problema da falta de vagas para estacionar nas ruas do bairro vem se agravando, principalmente com a instalação de canteiros para a construção de vários edifícios, que eliminam as vagas em frente a eles.

“Antes de me tornar sócio do Krsna era cliente, e já percebia o problema da falta de vagas, muitas vezes cheguei a ir para outros restaurantes em razão disso”, relata o empresário. “Hoje, o problema está ainda mais grave, nunca tem vaga. A situação aqui na Justino Cobra e imediações fica muito ruim no horário de almoço, quando os pais de alunos do [Colégio] Saloni vêm buscar os filhos na rua Padre Rodolfo.”

A ideia de Kadu é recolher assinaturas de moradores, comerciantes e usuários do comércio e serviços que frequentam o bairro. Em seguida, o documento será encaminhado ao secretário de Mobilidade Urbana da Prefeitura. A petição foi anunciada na terça-feira (9) em um grupo de moradores da Vila Ema no WhatsApp e rapidamente foi motivo de troca de opiniões entre comerciantes e residentes no bairro. [Veja prós e contras abaixo.]

Kadu Andrade adiantou que está buscando o apoio do vereador Fernando Petiti (PSDB), que tem forte ligação com a Vila Ema. “Vai levar um tempo, mas o bairro vai ganhar com isso”, prevê o empresário, que na rede social citou outras ruas onde o sistema poderia ser implantado, como a José Francisco Alves.

Clique [aqui] para assinar a petição.

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Opiniões contrárias

A defesa da Zona Azul para a Vila Ema não é unânime. No próprio grupo em que foi lançada, a ideia ganhou adeptos imediatos, mas também recebeu opiniões contrárias. Algumas posições discordantes:

“É sempre complicado, como ficam os donos dos comércios que estacionam o dia inteiro?”

“Ou quem trabalha em algum desses comércios? Agora mesmo passei ali perto do Espetinho e os cones com as fitas estavam na rua lateral. Eu tinha entendido que isso era para o fim de semana. Ali já são umas três ou quatro vagas em que está proibido estacionar.”

“Um exemplo é um cuidador de idosos (que o bairro tem), se ele tiver que pagar estacionamento fica difícil… Ou enfermeiros, fisioterapeutas…”

“Eu preciso vir de carro, tenho uma vaga que deixo para meus alunos […]. Estaciono na rua. São três horas de curso, no caso, depois de duas horas precisaríamos tirar o carro e estacionar em outro lugar.”

“Minha posição sempre será contrária a qualquer tipo de implementação de cobrança de mais taxas, tarifas ou impostos, a quem quer que seja.”

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Opiniões favoráveis

“Eu vou sem carro, prefiro dar oportunidade para o meu cliente, que durante o dia, pelo revezamento de vagas, pode parar nos comércios locais, do que ficar com meu carro o dia todo parado numa vaga impedindo nossos clientes de estacionar na rua.”

“Não consigo estacionar na frente da minha loja, nem para descarregar mercadorias, e há anos pago estacionamento, mas pagar estacionamento para todas as clientes fica pesado. Sempre fui a favor da Zona Azul nas nossas ruas. Realmente precisamos de rotatividade.”

“Também concordo com a Zona Azul, deixo as vagas [do meu comércio] sem corrente, mas infelizmente as pessoas não respeitam o horário de funcionamento e deixam o carro ocupando o lugar dos clientes. Acho que com a Zona Azul isso vai se tornar pior, mas concordo.”

 

* Texto atualizado no dia 11/9/25, às 11h07, para revisão ortográfica e de estilo.

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