Exame sendo aplicado em uma árvore do município. Foto / Claudio Vieira/PMSJC

Wagner Matheus é jornalista (MTb nº 18.878) há 45 anos. Mora na Vila Guaianazes há 20 anos.

Prefeitura contrata 1.600 exames de penetrografia e 100 de tomografia para proteger a saúde das árvores no município; tecnologia é considerada avançada

 

DA REDAÇÃO

A Prefeitura de São José dos Campos retomou a realização de exames de última geração para avaliar a saúde das árvores que compõem a arborização urbana. Entre esses exames, estão sendo realizadas a tomografia e a penetrografia.

Foram contratados 1.600 exames de penetrografia e outros 100 exames de tomografia, tecnologias que permitem verificar, de forma não invasiva, o estado interno das árvores. A previsão é que sejam realizados cerca de 70 exames por mês, priorizando espécimes localizados em corredores urbanos e aqueles que apresentam sinais mais perceptíveis de problemas sanitários.

Desde 2021, São José dos Campos já utiliza essa tecnologia de diagnóstico avançado. Até o momento, foram realizados mais de 3.000 exames em árvores do município. Esse monitoramento contínuo garante informações técnicas precisas para orientar a preservação e o manejo responsável do patrimônio arbóreo.

Além disso, a cidade possui o sistema de identificação das árvores por QRCode, ferramenta que permite à população acessar informações sobre cada exemplar, como nome da espécie, idade aproximada, localização e condições fitossanitárias. Até agora, 88 mil árvores receberam o QRCode.

O munício ganhou, pelo 6° ano consecutivo, o certificado internacional do programa Tree Cities of the World, que premia o compromisso com a excelência na gestão do patrimônio arbóreo.

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Alta tecnologia

A penetrografia consiste em medir a resistência do lenho por meio da inserção de uma agulha especial, identificando o grau de deterioração da madeira. Já a tomografia, por meio de sensores e softwares de imagem, permite uma análise detalhada do interior do tronco, semelhante a um exame médico, possibilitando detectar cavidades ou fragilidades estruturais que não são perceptíveis externamente.

“Em algumas árvores adultas, vamos aplicar os dois exames para termos um diagnóstico mais completo e preciso. Em muitos casos, os exames funcionam como complementares”, afirmou a bióloga Samara Rached, uma das responsáveis pelo trabalho de campo.

Mudanças climáticas

Segundo técnicos da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade da Prefeitura, esses exames são essenciais para a segurança da população, especialmente em áreas de grande circulação, como avenidas, praças e regiões escolares.

Em um cenário de mudanças climáticas, com a ocorrência cada vez mais frequente de grandes tempestades e eventos extremos, o monitoramento torna-se ainda mais necessário para reduzir riscos e aumentar a segurança urbana.

Além disso, os diagnósticos fornecem informações científicas que ajudam a definir planos de manejo mais precisos, garantindo a preservação das árvores sempre que possível e a substituição responsável, quando necessário.

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