A rede de água potável do bairro está sendo substituída por uma nova, implantada com método que evita escavações, reduz o impacto no trânsito e acelera a conclusão da obra
DA REDAÇÃO
A Sabesp está promovendo a substituição de aproximadamente 8 quilômetros de tubulações e ligações de água potável no Jardim Apolo I, na região central de São José dos Campos, utilizando um método não destrutivo e de alta tecnologia que, segundo a concessionária, está aprimorando a forma como obras de saneamento são realizadas.
Diferentemente dos processos tradicionais, que exigem escavações abertas e interdições de vias, o novo sistema emprega uma máquina perfuratriz que passa por baixo do solo. Chamado de “tatuzinho”, o equipamento elimina a necessidade de valas nas ruas, reduz os impactos no trânsito e permite maior agilidade na execução da obra.
“Esse processo causa impacto mínimo no entorno, evita a interdição total das vias e o tempo de trabalho também é reduzido, pois não há necessidade de reaterro e recomposição asfáltica em toda a extensão da obra, apenas nos pontos exatos de perfuração”, explica a engenheira Letícia Zanom, gerente de Operação da Sabesp no Vale do Paraíba.
A obra consiste na substituição das antigas tubulações de água por um novo material, o Pead (Polietileno de Alta Densidade), reconhecido por sua alta durabilidade e resistência. O projeto também prevê a instalação de novos distritos de medição e controle (DMCs), além da troca de ramais e hidrômetros, resultando em um sistema de abastecimento mais moderno, eficiente e monitorado em tempo real.
O custo da substituição das tubulações nas 13 ruas do Apolo I é estimado pela empresa em R$ 83 milhões, com entrega da obra prevista para o mês de julho.

Bairro comemora
A substituição da rede de água está sendo vista como uma vitória da mobilização dos moradores do Apolo I por meio de sua associação, a Socimja (Sociedade dos Moradores do Jardim Apolo).
Segundo o gestor administrativo Nelson Rodrigues de Moraes, em maio de 2022 a entidade pediu à Sabesp uma avaliação e reparos em toda a rede, que tem mais de 60 anos. “Frequentemente os canos furavam, provocando baixa pressão da água e vazamentos para o subsolo”, explica.
Em novembro do ano passado, em reunião com diretores da empresa, ficou definido que toda a tubulação do bairro, formado por cerca de 200 casas, seria refeita.
A maior vantagem apontada por Moraes é que a troca de redes está sendo feita com um método pouco invasivo. “Quando a obra for concluída, a rede antiga será desligada e a nova entrará em funcionamento”, resume.
A troca de 100% da rede de água do bairro está sendo vista pela Socimja como motivo de comemoração. “A comunidade usou o seu direito de reivindicar melhorias públicas, isto mostra que a organização da população pode fazer a diferença”, reforça o gestor da entidade.

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